segunda-feira, 28 de março de 2011

Plea for love!

oh, love that I perspire
oh, love that spears my heart
oh, love that I desire
oh, don't tear us apart

sexta-feira, 25 de março de 2011

..Elogios..


Aquela sua amiga vem trabalhar com uma camisa linda. Seu vizinho comprou um carro novo. O colega fez um bom trabalho. Em todas essas circunstâncias cabe um elogio, certo!? Mas, e se, mesmo sendo sincero, seu elogio começar a ser recebido com desconfiança?

Por costume, por educação e até graças a um conselho de um amigo, há anos venho cultivando o hábito – que hoje já virou quase que automático – de elogiar as pessoas. É uma roupa, um talento, uma fala... qualquer coisa que me salte aos olhos ganha um pronto – ou tardio – elogio. Iniciei essa prática quando, sendo professora de inglês, percebi quão impressionantes resultados um elogio podia produzir. Aí, comecei a incorporar esse hábito ao meu dia a dia e hoje, às vezes, sinto até que preciso maneirar na dose. Por que? Porque percebo que, de vez em quando, os elogiados sentem-se desconfortáveis com os predicados os quais atribuo a eles. Talvez pensem que seja algo como 'puxa-saquismo' ou mesmo 'falsidade'.

É estranho pensar que uma coisa tão sincera e boa possa causar tão desagradável reação – e, vejam bem, não estou me excluindo do grupo que esporadicamente recebe um elogio com receio. Mas, a meu ver, tudo isso não passa de mais um reflexo da 'modernidade'. Hoje todos estamos tão acostumados a nos fecharmos em nossos casulos – um computador, um carro, food delivery – e com tanto medo de sermos invadidos ou enganados que, quando alguém se sente suficientemente próximo para ter a liberdade de nos elogiar, nós simplesmente desconfiamos da falta de interesse ou da integridade do caráter da pessoa. A verdade é um artigo em extinção e talvez sempre tenha sido, mas hoje em dia, com toda essa individualização, com toda essa inversão de valores – ê senso comum! - essa constatação é cada vez mais clara e, infelizmente, cada vez mais banal.

Mas eu não vou ficar medindo minhas boas atitudes em detrimento de uma torpe realidade. Vou elogiar, sim, porque eu é que sei da minha consciência e estou tranquila com ela! Façamos todos o mesmo e talvez – a esperança é a última que morre – possamos reverter tudo isso.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A felicidade pode estar onde você nem imagina: num TOMATE!


Lá estava eu, dentro do carro, voltando de Florianópolis neste último carnaval, quando me deu uma vontade imensa de comer tomates. Eu adoro essa fruta, como bem sabem minha mãe e meu marido, mas meu desejo foi quase de grávida que não estou – nem adianta vir falar, tenho evidências contundentes!!
Pois bem, chegamos às 5hrs da tarde e minha fome estava incomparável, mas não era uma fome qualquer... eu queria TOMATES! Aí, depois de resolver uma dúzia de coisas pela internet e telefone, eis que vou ao mercado e – acreditem – os tomates estavam lindos!! Comprei os tomates, levei os tomates embora, lavei os tomates e... finalmente, comi todos, lambendo os beiços. Ah.. que felicidade!!
Mas não era aí onde eu queria chegar, não. Eu sei que a felicidade pode estar, sim, em comer uma bacia de tomates com sal e limão, mas foi no outro dia que eu experienciei uma felicidade maior ainda:
Pois bem, lá estava eu em casa ontem, depois de um longo dia de trabalho, com fome de: Tomates! Mas não havia mais destes manjares dos deuses em casa e eu já estava de pijamas – quem é que tira os pijamas e coloca uma roupa pra ir ao mercado às 9hrs da noite?? Bom, estava quase aceitando a ideia de comer apenas um pãozinho quando me lembrei que o Fabio tinha ido à casa dos pais dele e já devia estar voltando. Liguei e, quando eu perguntei onde ele estava, ele falou que eu já poderia vê-lo da sacada. ELE JÁ TINHA CHEGADO EM CASA! Que destino! Nada de tomates...
Mas não. Não foi isso que ele deixou que acontecesse. Como o cavalheiro que é – sim, e nem adianta que eu não apresento! - ele deu meia volta e depois de uma meia hora retornou com seis tomates vermelhinhos e suculentos nas mãos. Gente, pode parecer um coisinha qualquer, pode parecer algo que muitos fariam, mas há várias razões pra eu saber que ele fez algo muito singelo mas essencialmente lindo por mim. Gente: 1) o Fabio mal sabe escolher entre um tomate podre e um verde, por isso gastou 30min para comprá-los sendo que o mercado fica a uns 100m da nossa casa; 2) Ele tinha estado mal o dia inteiro com dor renal e ainda não estava totalmente recuperado; 3) ele nem sequer hesitou, pelo contrário, quando eu não queria falar a razão de ter ligado, ele insistiu muito pra que eu dissesse e ele pudesse realizar meu pedido; 4) eu lembrei de quantas vezes ele próprio estava com vontade de comer algo mas não pegou o carro e foi buscar porque estava cansado e tinha outras coisas comíveis em casa – e, só pra lembrar, desta vez havia pão.
E entre outras razões, eu o amo por causa disso. Porque ele me faz sentir importante e amada. Porque ele não mede esforços por mim. E porque ele faz tudo isso com aquele jeito doce que eu tanto amo...

É o amor da minha vida e sempre o será.